A divisão de Israel em tribos é um problema histórico. Na verdade ninguém consegue confirmar se existiu efetivamente essa realidade política ou se isso representa um ideal sonhado pelo povo que chegou à Terra Prometida, vindo dos 40 anos de caminhada pelo deserto, depois da saída do Egito protagonizada por Moisés.

Apesar dessa questão de fundo, realmente o território ideal foi colocado em cheque já com a divisão do reino ideado por Saul, Davi e Salomão. Depois de quase 300 anos da divisão entre Reino do Norte e Reino do Sul, a Samaria foi tomada e aí definitivamente o ideal político dos hebreus, sonhado também pelos profetas, ficou comprometido. Os samaritanos, conquistados pelos Assírios, foram excluídos e passaram a ser mal vistos pelos judeus de Jerusalém. Essa situação era ainda palese no tempo de Cristo. Basta lembrar da parábola do Bom Samaritano.

Segundo os livros de Josué e dos Juízes, aos levitas não foi dado um território, pois deviam se ocupar das coisas do culto. Eles sobreviviam com as ofertas do dízimo. Portanto, mesmo depois da divisão do reino e da conquista da Samaria por parte da Assíria, os descendentes de Levi continuaram exercendo o seu papel no Templo e continuaram vivendo graças às ofertas do dízimo.