Claro que é um assunto muito polêmico aqui no site, pois nossos leitores são tanto católicos quanto protestantes e a devoção à Maria tem visões diferentes nesses dois grupos. Mas uma posição comum que une a todos é que ela é a Mãe de Jesus, que deu seu sim para que se realizasse a encarnação de Cristo. Isso é o que temos que afirmar com convicção e representa o cerne teológico sobre o qual se baseia a devoção católica e as certezas protestantes.

Os católicos vêem em Maria uma pessoa previlegiada, escolhida por Deus para ter um papel como protagonista na história da salvação. Esse papel não ficou limitado ao período da encarnação de Cristo, mas continua no tempo da Igreja, na vida dos cristãos de hoje. Ela, mãe de Deus, próxima a seu filho, serve como caminho para aproximar o cristão ao divino.

O papel de Maria como intercessora vem principalmente das características maternas humanas. Isto é, nasce da experiência humana vivida por Maria como mãe de Jesus. E também, obviamente, pelo desígnio divino em relação a essa mulher, que, todos concordamos, não é igual a todas as outras mulheres, mas portadora de uma eleição especial.

Além desse perfil ontológico, um texto bíblico que pode server de base para uma reflexão sobre o seu papel como intecessora pode ser visto na narração das Bodas de Caná, em João 2. Graças às palavras de sua mãe, Jesus realiza o primeiro milagre de sua vida pública.