Através da pergunta não sei exatamente o seu entendimento completo sobre esse tema, mas ela deixa entrever algo de errado. De fato, a "primeira vinda" de Cristo não o manifestou só como homem, mas era verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Isto é: a encarnação do Filho de Deus não significa que Cristo tenha sido em parte Deus e em parte homem, mas se fez verdadeiramente ser humano, tendo permanecido verdadeiramente Deus. Não é uma mistura confusa entre o divino e o humano.

No início do cristianimso, houve quem negasse a verdadeira humanidade de Jesus (docetismo), mas a igreja sempre sublinhou e confirmou que Jesus é Filho de Deus por natureza: "gerado, não criado, da mesma substância (homousios) do Pai", rebatendo principalmente o arianismo.

Há dois mil anos desse processo histórico de entendimento teológico, não podemos voltar atrás e pensar que num primeiro momento se sublinha o Deus humano e na Parusia, na segunda vinda de Cristo, o Deus celeste, transcendente.

 

A segunda vinda de Cristo

A segunda vinda de Cristo acontece na vida de cada um e não devemos esperar o Cristo que vem de forma extraordinária, no fim do mundo. Cristo é o fim da nossa vida, o fim como meta a ser alcançada e não como fim da história.

Quando o encontramos, seja durante a nossa vida ou após a morte, seremos julgados por Ele, não por que é alguém que simplesmente condena, mas porque é a razão da nossa vida e, através do nosso agir, saberemos se o temos colocado ao centro ou se distorcemos o baricentro da nossa existência dando prioridade a outras coisas.