Penso que há comunidades que dão verdadeiro testemunho cristão e outras que precisam se converter. As comunidades são espelho da realidade e, muitas vezes, condicionadas pelas pessoas que as dirigem. No mundo há pessoas de boa fé e outras com má intenção. Creio que os líderes que se aproveitam da fé das pessoas para explorar, para perverter a mensagem divina serão condenadas de forma exemplar por Deus. Pois não é absolutamente justificável aproveitar da bondade divina para fazer o mal. Penso sobretudo na exploração econômica, muito fácil de ser atuada em situações onde as pessoas já têm dificuldades financeiras, onde vivem situações desfavorecidas. A palavra de Jesus contra essas pessoas é muito dura:

Caso alguém escandalize um destes pequeninos que crêem em mim, melhor seria que lhe pendurassem ao pescoço uma pesada pedra e fosse precipitado nas profundezas do mar (Mateus 18,6).

Em relação ao compromisso político, tenho uma opinião mais moderada. Acredito que o cristão não deve viver os ensinamentos evangélicos apenas dentro da comunidade, mas deve difundir sua práxis em todos os âmbitos da vida e, portanto, também na esfera política. Devemos tentar influenciar a sociedade com o nosso jeito de ser, de encarar a vida. Por exemplo, não creio que um cristão possa votar favoravelmente por uma lei que legalize o aborto. Isso pra mim é compromisso político. É claro que não exige de nós, necessariamente, que criemos uma bancada partidária no congresso. A influência pode ser feita em tantas manerias. O equilíbrio é a melhor receita e a moderação uma regra que precisa ser seguida.