Essa expressão aparece 172 vezes nos 5 primeiros livros da Bíblia.

Israel, como sabemos, é o nome dado a Jacó, depois da luta com o Deus, como contada em Gênesis 32,29. Os filhos de Israel, literalmente, significam aqueles que deram origem às 12 tribos, regiões nas quais foi dividida, na época dos juízes, a Terra Prometida. Com o passar do tempo "Israel" se tornou um termo mais amplo e não era exclusivamente ligado ao patriarca, mas definia a identidade do povo, recordando suas origens. Portanto, com a expressão "filhos de Israel" a Bíblia não quer dizer que se trata dos filhos carnais de Jacó, mas de todos aqueles que pertencem ao Povo Eleito.

Em geral, com “israelita” é subentendido o povo hebraico na sua unidade de fé, tradição e religião. A Bíblia usa muitas vezes “filhos de Israel”. Todavia, quando o reino unitário, guiado por Davi se divide (veja 1Reis 11,26-32; 12,1-33), nascem dois reinos na região dos hebreus: o Reino do Norte (formado por 10 tribos), chamado também de Reino de Israel ou de Samaria (era a capital) e o Reino do Sul ou de Judá, cuja capital era Jerusalém. Nesse período, com o termo “Israelita” se indicam os moradores do Reino do Norte, ou de Israel, enquanto que “Judeu” designa os pertencentes ao Reino do Sul, ou de Judá. É também nesse período que nascem as frases “rei de Israel” e “rei de Judá”.