Os evangelhos contam que Jesus ressuscitou na aurora do “primeiro dia da semana” – en grego “eis sabbaton”, palavra que significa "sábado" e também "semana" - (Mateus 28,1; Marcos 16,2; Lucas 24,1; João 20,1). Em relação ao momento da morte, os evangelhos são unânimes e dizem que era ‘dia da preparação’ – paraskeue, em grego, que retoma o hebraico (Mt 27,62; Mc15,42; Lc 23,54; Jo 19,31). ‘Dia da preparação’ significa o dia que precede a Páscoa, que naquele ano, como afirma claramente João, caía no sábado (“porque esse sábado era grande dia!”). Além do mais era a ‘hora nona’, ou seja, 3 da tarde. Portanto, contando as horas, Jesus teria ficado no sepulcro pouco mais de 30 horas e não 72, a soma total das horas de 3 dias.

A expressão "três dias", todavia, não está errada. Ele, de fato, passou a sexta, o sábado e o domingo no sepulcro. Embora sejam partes dos dias, os dias incluídos são 3. Essa é a razão pela qual se usa tal expressão. Ela, invés, não significa 72 horas.