A neve está caindo abundantemente em Israel, nos territórios palestinos, no Líbano e parte da Síria. Enquanto a Jordânia e o Egito estão sendo atingidos  por violentas tempestades.Infelizmente,  o mau tempo, para os refugiados sírios que fugiram de suas casas e estão alojados em barracas ou abrigos improvisados, significa maior sofrimento.

A verdade é que era esperado frio e neve na Terra Santa. Em Israel, a extraordinária falta de chuva (não chovendo no inverno por cerca de meio século) a seca levou religiosos (rabinos e líderes cristãos) a promoverem orações públicas de intercessão. E a chuva chegou!

No Líbano, em particular, os refugiados sírios que estão nos refúgios improvisados foram surpreendidos por uma tempestade invernal. Na região norte de Arsal, junto à fronteira com a Síria,a neve cobriu as tendas de milhares de refugiados (área com mais de 20 mil pessoas). Nesses abrigos não têm o aquecimento e o vento forte consegue arrancar as tendas, deixando as pessoas a céu aberto.

O Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Unhcr) tem trabalhado dia e noite, em colaboração com o Exército libanês para distribuir  kit de inverno, contendo cobertores, lonas plásticas à prova d'água e dinheiro para a compra de aquecedores.

As necessidades são muitas ainda. Wael Abou Faour, Ministro para os Assuntos Sociais, expressou sua preocupação: "Nós não somos capazes de ajudar a todos, por isso estamos tentando envolver as organizações humanitárias internacionais, a fim de socorrer os refugiados", ele disse ao jornal al-Akhbar.

O maior desafio com estas condições climáticas, é a incapacidade de ajudar as milhares de pessoas que vivem em mais de 200 acampamentos irregulares espalhadas no Líbano central e do norte, locais de dificil acesso. Em Arsal as temperaturas estão a baixo de zero e as previsões são de mais de 13 centímetros de neve. O problema é que, apesar das condições meteorológicas continua o fluxo de refugiados sírios em Arsal.

Até o momento, 835 mil refugiados sírios foram registrados no Líbano, mas o número total de pessoas que estão refúgiadas no país dos cedros pode ultrapassar um milhão.