A pessoa com idade mais avançada na Bíblia é Matusalém, que, segundo Gênesis 5,27, teria vivido 969 anos.

Há muita especulação em torno a essa informação bíblica, todas elas sem fundamento. A bíblia menciona uma idade muito grande para os personagens que viveram antes de Noé, antes do Dilúvio. Adão, por exemplo, teria vivido 930 anos (Gênesis 5,5). Depois do dilúvio a idade começa a baixar. Na verdade, é ilusão pensar que alguém tenha vivido tanto tempo assim. A informação bíblica é um recurso literário, usado para mostrar como à medida que o ser humano se afasta de Deus, à medida que comete pecado, a sua vida se torna mais breve, menos marcada. Em várias passagens, o texto sagrado sublinha que a longevidade é um dom de Deus, que ele dá a quem vive de acordo com a sua vontade (Jó 36,11; Provérbios 3,2; 16,1). A vida longa é ligada com a observância dos mandamentos do Senhor. Por isso se alguém obedece a Deus conserva as energias fisícas (Deuteronômio 34,7; Josué 14,10; Salmos 92,15) enquanto quem o desobece é punido antes que alcance a velhice (1Samuel 2,31.32). É exatamente por isso que encontramos em Jó 21, 7 esse texto: Por que os ímpios continuam a viver, e ao envelhecer se tornam ainda mais ricos?

Há muitas pessoas que procuram responder a sua pergunta levantando hipóteses infundadas, como por exemplo o fato da falta de poluíção, ou a comida mais sã. Outra hipótese frequente é a questão da durada dos anos. É verdade que a contagem não era como a nossa, mas desde sempre existiram as 4 estações e foram elas a regular a contagem dos anos. Portanto os anos, embora arranjados de formas diversas, sempre tiveram a mesma duração.