Na Bíblia a escravidão é uma realidade. Porém era entendida de modo diferente comparando, por exemplo, com o direito romano. De acordo com o mundo romano o escravo não tinham os direitos dados às pessoas humanas; era um bem entre outros. Na Bíblia, invés, os escravos tinham alguns direitos: podiam ter propriedades e inclusive realizar atividades comerciais. Uma pessoa podia se tornar escravo por diversas razões: prisão por causa de uma guerra, comércio de escravos, escravidão herdada no nascimento, redução ao estado de escravão por causa de uma dívida, escravidão por opção pessoal e ainda outras razões. Todas essas situações são presentes no Antigo Testamento.

Além disso, a Bíblia distingue entre escravo hebreu e escravo estrangeiro. O último podia ser escravo durante toda a vida, mas o escravo hebreu devia, por exemplo, ser libertado no ano do jubileu, a cada 7 anos (Levíticos 25,40).

Quanto ao preço do escravo, variava de acordo com a idade, o sexo e as condições físicas. As primeiras testemunhanças são do fim do III milênio antes de Cristo, quando um escravo custava 10-15 ciclos de prata na Mesopotâmia, em Ur e Acad. O Código de Hammurabi, escrito por volta de 1750 antes de Cristo, diz que o preço era de 20 ciclos.

No tempo bíblico a média era de 30 ciclos (300 gramas de prata), como se pode ver em �?xodo 21,32. No período assíro, no tempo de Menachem, os israelitas que podiam, para não serem deportados em Assíria, pagaram 50 ciclos, o preço de um escravo (conferir 2Reis 15,20).

Como você vê, se usa o termo �??ciclo�?� nas duas passagens citadas. Alguns dizem que cada ciclo correspondia a 10 gramas de prata, embora o valor exato seja discutido. Infelizmente não encontrei referência à moeda que você cita.