Olá Marciel (Mauá)!

Tua pergunta mergulha no mundo das Parábolas de Jesus que existem nos evangelhos. Jesus se utilizou muito este tipo de linguagem, para facilitar a compreensão de seus ouvintes aos ensinamentos propostos.

A maioria dos estudiosos do Novo Testamento considera este texto de Lc 16,19-31, a história do “O rico e Lázaro” como uma verdadeira Parábola e que nem todos os detalhes podemos interpretar literalmente. Se assim o fizéssemos chegaríamos a outras conclusões. Podemos afirmar que ela é uma Parábola de uso comum na literatura judaica e que nada nos ensina com respeito da situação dos mortos.

 

Qual seria o verdadeiro sentido que encontramos nesta parábola de Jesus?

 

No Evangelho de Lucas nos capítulos 15 e 16 aparecem várias Parábolas no ensinamento de Jesus. (A ovelha perdida, o dracma perdida, o filho perdido e o filho fiel “filho pródigo”, O administrador infiel, o bom emprego do dinheiro, o rico e Lázaro). A situação que Jesus se defrontava era com os preconceitos dos fariseus e escribas contra as classes a margem da sociedade da época. Nesta Parábola aparece um contraste muito forte entre o homem rico bem vestido e um mendigo chamado Lázaro, (coberto de chagas). Jesus quer dizer aos fariseus e escribas duas coisas: o reconhecimento humano da sociedade não é critério de recompensa futura e o segundo Jesus quer dizer que o destino eterno da vida futura é decidido aqui nesta terra e jamais poderá ser revertido na era vindoura como Jesus tão bem argumenta na Parábola.