Na Bíblia, esse termo aparece somente nas 2 primeiras cartas de João. 

As passagens são: 1João 2,18; 1João 2,22; 1João 4,3 e 2João 1,7.

Algumas características que resultam evidentes nesses textos são:

  • são muitos; caracteriza a “última hora”; é um mentiroso, que nega que Jesus é o messias; nega o Pai e o Filho; já veio; não reconhece a Jesus; é o sedutor que não reconhece Jesus como Messias encarnado; estão espalhados pelo mundo.

É normal escutar considerações assustadoras sobre esse personagem, que seria um príncipe ligado ao final do mundo. A verdade é, como já afirmamos, que o anticristo é todo aquele que contradiz a verdade apresentada por Jesus, que se opõe a Cristo. E pessoas assim existem no nosso meio e até mesmo nós, em certos momentos de nossas vidas, nos comportamos contrapondo o ensinamento evangélico e, nesses momentos, somos verdadeiros anticristos.

Algumas correntes apocalípticas e cristãs antepõe a Cristo uma figura que viria no final dos tempos, ligada ao juízo final. Essa figura estaria intimamente ligada ao mal. O mal é sem dúvida algo ilógico, que existe no mundo. Mas não é uma realidade que está ao lado de Cristo; é uma realidade estranhamente criada, que deriva de uma situação de liberdade, que não é fácil para nós entender. Não é uma entidade que compete com Cristo. De fato, Jesus provou que é maior do que o mal; venceu. E com Ele todos nós somos vencedores. Prestamos atenção, portanto, a não criar um "deus" paralelo a Cristo, identificado com uma figura como o "anticristo". Se assim fizermos, estaremos diminuindo a envergadura da obra salvífica divina realizada através de Jesus.