Olá Wilson Henrique Silva Serra Sede - ES!

Sua pergunta é controversa, de difícil resposta, pois se abre para uma infinidade de orientações. Podemos dizer que cada Igreja tem o seu sistema aprovado pelos responsáveis pelas finanças e o pastor ou sacerdote.

Na minha compreensão, não quero que seja esta resposta a última palavra obreiros etc., que dispõem do seu tempo na comunidade. A organização da Igreja é que vai determinar o que fazer com aqueles que dispõe de seu tempo para dar vida a comunidade.

Nas comunidades existe o serviço voluntário, onde as pessoas assinam um documento, que o trabalho é voluntário, sem remuneração, sem compromisso fixo de horário e dias de trabalho. Assim a Igreja fica isenta das responsabilidades sociais. No meu parecer, não é legal, este sistema faz que muitas pessoas trabalham e apenas o pastor ou o padre recebam um salário e tenham suas obrigações sociais amparadas.

Na Igreja Católica existe o serviço voluntário, agora com exigência de assinatura de um termo isentando a comunidade de pagar alguma coisa.

O Padre, na realidade, seu serviço é voluntário, pois não tem oficialmente nenhum documento empregatício assinado. Paga INSS, como facultativo, e em muitos lugares a comunidade paga um plano de saúde.

Também não existe remuneração para os músicos, cantores, ministros etc, tudo é voluntário.

Nas comunidades evangélicas penso que existe muito serviço voluntário.

Muitos recepcionistas, obreiros, cantores, músicos, etc, Não tem carteira assinada, nem recebem por seu trabalho.

Sua comunidade, conforme falas, apenas o pastor recebe o dinheiro do dizimo. Não posso lhe afirmar, que tenha carteira assinada, vínculo empregatício, pagamento de INSS, plano de saúde. As comunidades organizadas e com recurso, penso que tentam da melhor forma possível atenderem, bem seus pastores, obreiros e músicos.

Longe de querer dar alguma diretiva em assunto tão delicado, mas os princípios evangélicos que as primeiras comunidades, tentaram viver, nos ajudam entender, vejamos Atos dos Apóstolos 4,32-34:

“A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava seu o que possuía, mas tudo era comum entre eles. Não havia entre eles indigente algum, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendiam-nas, trazendo o dinheiro e o colocavam ao pé dos apóstolos; e distribuía-se a cada um segundo a usa necessidade.” (Atos dos Apóstolos 4,32-34) Bíblia de Jerusalém.

Este foi o ideal que viveu as primeiras comunidades. Hoje sabemos que na verdade não vivemos este ideal, mas os princípios que aparecem nas primeiras comunidades podem nos ajudar.

Tente orar, pedir a Deus a compreensão deste ideal, e como você e sua comunidade possam viver. Pelo menos alguns destes princípios básicos das primeiras comunidades devem ser buscados.