Mateus foi um dos 12 apóstolos e a tradição diz que ele morreu na Etiópia e que foi sepultado no sul da Itália, em Salerno.

O Evangelho segundo Marcos (2,13-14) conta assim a chamada de Mateus: 

E tornou a sair para a beira-mar, e toda a multidão ia até ele; e ele os ensinava. Ao passar, viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse-lhe: “segue-me”. Ele se levantou e o seguiu.

Como vemos, nesse texto de Marcos ele é chamado de "Levi" e não Mateus. Mas o mesmo episódio é contado por Mateus 9,9, e nesse caso o cobrador de impostos é chamado de Mateus. Por isso, Levi e Mateus são normalmente considerados a mesma pessoa

O seu nome aparece nas 3 listas dos apóstolos que temos (Mateus 10,3; Marcos 3,18 e Lucas 6,15). Além disso, ele também é mencionado em Atos 1,13 como membro da comunidade que continuou perseverante após a morte de Cristo.

O fato de ser um cobrador de impostos, a serviço dos romanos, que ocupavam a Palestina, fazia dele uma pessoa não bem vista pelos seus conterrâneos. Além de estar ao serviço daqueles que ocupavam a nação, o cobrador de impostos era normalmente pouco honesto e tratava mal a população.

Além de ser um dos apóstolos, foi um dos 4 evangelistas, sendo, junto com João, testemunha ocular das atividades de Cristo. Marcos e Lucas não conheceram a Jesus.

Como evangelista, Mateus é sempre representado como junto a um homem com asas, um anjo, que o inspira e o guia enquanto escreve o Evangelho. Esse homem alado é um dos quatro seres viventes que aparece em Ezequiel e, depois, no Apocalipse. A atribuição a Mateus dessa imagem provavelmente é devida ao fato que ele começa o Evangelho contando a genealogia terrena e a infância de Jesus, filho do homem, sublinhando assim a sua humanidade.