Infelizmente não existe uniformidade nas citações bíblicas. Há duas correntes, uma tipicamente protestante e outra católica. Poderíamos resumi-la com o exemplo da citação do Evangelo de João, capítulo 1, versículo 1 até 5 e versículo 10

  • Maneria católica: Jo 1,1-5.10
  • Maneira protestante: Jo 1:1-5,10; 11

Acredito que não é uma questão muito fundamental. Com ambos os métodos conseguimos entender do que se fala. O importante é ser coerente e usar sempre a mesma metodologia.

Nós aqui no site usamos a maneira católica, que detalho aqui abaixo.

  • A vírgula separa os versículos do capítulo.
    Ex.: Mt 16,18 significa Evangelho segundo Mateus, capítulo 16, versículo 18.
  • O hifen apresenta uma sequência de capítulos ou versículos.
    Ex.: At 1-2 significa Atos dos Apóstolos, capítulos 1 e 2 (integrais). Ex 15,2-5 significa Livro do Êxodo, capítulo 15, versículos 2 à 5.
  • O ponto apresenta capítulos e/ou versículos citados isoladamente.
    Ex.: 1Cr 1.3 significa Primeiro Livro das Crônicas, capítulos 1 e 3. Is 32,1.4.6 significa Livro do Profeta Isaías, capítulo 32, versículos 1, 4 e 6.
  • O ponto e vírgula dispõe capítulos e versículos isolados, mas pertencentes ao mesmo livro.
    Ex.: Jo 3,23-25; 6,1-4 significa Evangelho segundo João, capítulo 3, versículos de 23 à 25 e capítulo 6, versículos de 1 à 4.

 

 

A descoberta dos capítulos e versículos

Para a nossa felicidade, visto que nos permite saber exatamente de qual texto bíblico estamos falando, mesmo se usando versões diferentes, temos os capítulos e versículos na Bíblia. Lembramos, todavia, que eles não são originais, mas foram "inventados" mais de mil anos depois que a Bíblia foi escrita, na Idade Média.

Primeiro de tudo veio a divisão por capítulos, realizadas pelo Arcebispo Estêvão Langton e pelo Cardeal Hugo de Sancto Caro. Eram duas divisões diferentes, ambas realizadas no século XIII. Prevaleceu a divisão do Arcebisbo Langton, realizada em 1205.

A divisão em versículos veio só 300 anos mais tarde. O primeiro a propor uma tal empresa foi o italiano Santi Pagnini (1470-1541), mas o seu trabalho não foi aquele adotado por todos. A divisão em versículos que usamos hoje foi feita por Roberto Estienne e aplicada na sua edição grega do Novo Testamento, publicada em 1551 e depois na versão em francês de 1553.