A crucificação era uma humilhação pública. Por isso, quanto mais visibilidade se desse à população, mais atingia seu objetivo. A cruz sobre o monte dava muita visibilidade. Portanto, se supõe que Jesus tenha sido crucificado sobre o monte calvário.

 

Calvário, caveira, crânio...

Mateus 27,33, Marcos 15,22 e João 19,17 falam do lugar da crucificação de Cristo. Lucas 23,33 fala de "kranion", em grego. Isso foi traduzido para o latim como "calvario", que literalmente significa "caveira". Na Palestina de hoje, "Monte Calvário" é a expressão mais usada e indica de maneira emblemática o lugar da crucificação de Jesus. Esse local se encontra dentro da Basílica do Santo Sepulcro, uma igreja que conta com a presença de igrejas de várias confissões históricas. O local da crucificação está a cerca de 70 metros do túmulo de Cristo e, depois de tanta história vivida, se percebe que é um 'monte' somente graças ao fato de subir cerca de 20 degraus.

 

Por que o lugar tinha esse nome?

Há várias hipóteses. A mais natural é que tenha sido um lugar de morte, onde normalmente os condenados eram crucificados (Jerônimo). Outros, invés, dizem que a colina tinha uma forma de crânio. A tradição cristão, ao invés, encontrou um sentito teológico mais profundo a partir da reflexão de Orígenes: naquele local estaria enterrado o crânio de Adão.

Os evangelhos falam de um local de destace (Marcos 15,22; Lucas 23,49), que ficava fora da cidade (João 19,20), perto de um jardim (João 19,41).

Eusébio, famoso histórico do cristianismo (264 - 339 d.C.), afirma que o local foi coberto com terrar e sobre ele foi construído um templo ao deus vênus, já desde o tempo do imperador Adriano. No tempo de Constantino, esse templo foi destruído e no local foi construída a Igreja do Santo Sepulcro.

Há algumas controvérsias e alguns protestantes dizem que tudo isso aconteceu em outro local, não longe da atual Porta de Damasco. Dizem principalmente que aquele local, onde há túmulos da época de Cristo, condiz mais com o fato de ser "fora da cidade". Todavia, também o atual local da Basílica do Santo Sepulcro estava fora da cidade, como comprovou a arqueóloga Kenyon, na década de 60.